Por acaso também não concordo nada com a afirmação da perda de laços familiares entre os animais caseiros. Uma vez assisti a uma cena ternurenta que vos conto:
A minha mãe vive num prédio alto, onde cresci. Para trás tem um páteo e um pequeno jardim ladeado por um muro com cerca de 20 metros de altura, que separa o nosso de outro edifício mais alto. Estava eu a ver tv quando oiço um miar aflito. Vou à janela e deparo-me com a seguinte cena: um gatinho jovem, que não devia ter mais do que um mês, decidiu aventurar-se muro acima mas, quando se apercebeu da altura, ficou tão aflito que...nem para a frente, nem para trás! Miava baixinho, medroso. Próximo dele estava a sua mãe, aflitíssima por não o conseguir atingir e puxar para terra firme. Miava aflita, segura do perigo que o filhote corria.
Lá vou eu escada abaixo, escada acima, desce muro, trepa outro, até chegar ao pobre bichano que tremia que nem varas verdes. O meu medo era que ele se assustasse e caísse mesmo! Estratégia: um pouquinho de fiambrinho que levei! Chamei-o de mansinho, ele foi chegando ao fiambre e lá o consegui apanhar!
Mas o melhor foi ver a alegria da gata: lambeu-o tanto que parecia que o pobre ía ficar encharcado! E agradeceu-me com o olhar e com um miar mais calmo, enroscando-se às pernas e deixando fazer festas! Lá veio o resto da ninhada e por ali ficaram, certos de que o gatito não iria repetir nova façanha.
Nunca me irei esquecer, até porque alguns vizinhos observavam a cena da janela...lololol!
2 comments:
Espectacular!Adorei esta história!
Bianca
Também gostei muito de conhecer mais este episódio que contribui para reforçar a minha opinião sobre os laços de amor que se criam entre pais e filhotes, no reino animal. Luna
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