Friday, February 29, 2008
O ronron do gatinho
que a natureza inventou;
tem pêlo, bigode, unhas
e dentro tem um motor.
Mas um motor diferente
desses que tem nos bonecos
porque o motor do gato
não é um motor eléctrico.
É um motor afectivo
que bate em seu coração
por isso faz ronron
para mostrar gratidão.
No passado se dizia
que esse ronron tão doce
era causa de alergia
pra quem sofria de tosse.
Tudo bobagem, despeito,
calúnias contra o bichinho:
esse ronron em seu peito
não é doença - é carinho.
Ferreira Gullar
Xuxa
Bons amigos!
Thursday, February 28, 2008
Não é um anjo
O filhotinho cutucou o cão mais velho: "Olha lá! Tem alguma coisa maravilhosa acontecendo!" O cão mais velho se levantou e latiu: "Rápido! Vamos até a entrada da ponte!""Mas aquele não é o meu dono", choramingou o filhotinho; mas ele obedeceu.Milhares de animais de estimação correram em direção àquela pessoa vestida de branco que caminhava em direção à ponte.
Conforme aquela pessoa iluminada passava por cada animal, o animal fazia uma reverência com a cabeça em sinal de amor e respeito. A pessoa finalmente aproximou-se da ponte, onde foi recebida por uma multidão de animais que lhe faziam muita festa. Juntos, eles atravessaram a ponte e desapareceram.
O filhotinho ainda estava atônito: "Aquilo era um anjo?", perguntou baixinho. "Não, filho", respondeu o cão mais velho. "Aquilo era MAIS do que um anjo. Era uma pessoa que trabalhava em um abrigo de animais."
Autor- Anónimo
Olá amigos encontrei esta pequena história e quis compartilhá-la com vocês.
Do vosso amigo Topsius
You're intelligent and very smart.
You have graciousness in your paws.
You speak with tender voice, heart,
You have the world as your own cause.
With your eyes you can see the future.
You predict great adventures, tales!
You lead the way as a precious treasure
That's why they say you have seven lives!!!!!
Pronto, acho que faz justiça!
(Sandra Manso - dona da Emmy)
Wednesday, February 27, 2008
The Tiger----William Blake
In the forest of the night
What immortl hand or eye
Could frame the fearful symmetry?
In what distant deeps or skies
Burnt the fire of thine eyes?
On what wings dare he aspire?
What the hand dare seize the fire?
And what shoulder and what art
Could twist the sinews of the heart?
And when thy heart began to beat,
What dread hand and what dread feet?
What the hammer?What the chain?
In what furnace was thy brain?
What the anvil?What dread grasp
Dare its deadly terrors clasp?
When the starts threw down their spears,
And water'd heaven with their tears,
Did he smile his work to see?
Did he who made the lamb make thee?
Tiger,tiger,burning bright
In the forests of the night,
What immortal hand or eye
Dare frame thy fearful sy mmetry
CÉSAR
Apesar de achar a poesia de W.Blake um tanto ou quanto «pesada»,gosto muito deste poema.
Ode ao Gato por Artur da Távola
Nada é mais incómodo que o silencioso bastar-se dos gatos. O só pedir a quem amam. O só amar a quem os merece.
O homem quer o bicho espojado, submisso, cheio de súplica, temor, reverência, obediência. O gato não satisfaz as necessidades doentias do amor. Só as saudáveis.
Lembrei, então, de dizer, dos gatos, o que a observação de alguns anos me deu. Quem sabe, talvez, ocorra o milagre de iluminar um coração a eles fechado? Quem sabe, entendendo-os melhor, estabelece-se um grau de compreensão, uma possibilidade de luz e vida onde há ódio e temor? Quem sabe São Francisco de Assis não está por trás do Mago Merlin, soprando-me o artigo?
Já viu gato amestrado, de chapeuzinho ridículo, obedecendo às ordens de um pilantra que vive às custas dele? Não! Até o bondoso elefante veste saiote e dança a valsa no circo. O leal cachorro no fundo compreende as agruras do dono e faz a gentileza de ganhar a vida por ele. O leão e o tigre se amesquinham na jaula. Gato não. Ele só aceita uma relação de independência e afeto. E como não cede ao homem, mesmo quando dele dependente, é chamado de arrogante, egoísta, safado, espertalhão ou falso.
"Falso", porque não aceita a nossa falsidade com ele e só admite afecto com troca e respeito pela individualidade. O gato não gosta de alguém porque precisa gostar para se sentir melhor. Ele gosta pelo amor que lhe é próprio, que é dele e ele o dá se quiser.
O gato devolve ao homem a exacta medida da relação que dele parte. Sábio, é espelho. O gato é zen. O gato é Tao. Ele conhece o segredo da não-acção que não é inacção. Nada pede a quem não o quer.
Exigente com quem ama, mas só depois de muito certificar-se. Não pede amor, mas se lhe dá, então ele exige.
Sim, o gato não pede amor. Nem depende dele. Mas, quando o sente,é capaz de amar muito. Discretamente, porém sem derramar-se. O gato é um italiano educado na Inglaterra. Sente como um italiano mas se comporta como um lorde inglês.
(...)
O homem não sabe ver o gato, mas o gato sabe ver o homem. Se há desarmonia real ou latente, o gato sente. Se há solidão, ele sabe e atenua como pode (ele que enfrenta a própria solidão de maneira muito mais valente que nós). Se há pessoas agressivas em torno ou carregadas de maus fluidos, ele se afasta. Nada diz, não reclama. Afasta-se. Quem não o sabe "ler" pensa que "ele não está ali. Presente ou ausente, ele ensina e manifesta algo. Perto ou longe, olhando ou fingindo não ver, ele está comunicando códigos que nem sempre (ou quase nunca) sabemos traduzir.
(...)
O gato é uma lição diária de afeto verdadeiro e fiel. Suas manifestações são íntimas e profundas. Exigem recolhimento, entrega, atenção. Desatentos não agradam os gatos. Bulhosos os irritam. Tudo o que precise de promoção ou explicação, quer afirmação. Vive do verdadeiro e não se ilude com aparências. Ninguém em toda natureza aprendeu a bastar-se (até na higiene) a si mesmo como o gato!
Lição de sono e de musculação, o gato nos ensina todas as posições de respiração ioga. Ensina a dormir com entrega total e diluição recuperante no Cosmos. Ensina a espreguiçar-se com a massagem mais completa em todos em todos os músculos, preparando-os para a acção imediata. Se os preparadores físicos aprendessem o aquecimento do gato, os jogadores reservas não levariam tanto tempo ( quase 15 minutos) se aquecendo para entrar em campo.
O gato sai do sono para o máximo de acção, tensão e elasticidade num segundo. Conhece o desempenho preciso e milimétrico de cada parte do seu corpo, a qual ama e preserva como a um templo.
Lição de saúde sexual e sensualidade. Lição de envolvimento amoroso com dedicação integral de vários dias. Lição de organização familiar e de definição de espaço próprio e território pessoal. Lição de anatomia, equilíbrio, desempenho muscular. Lição de salto. Lição de silêncio. Lição de descanso. Lição de introversão. Lição de contato com o mistério, com o escuro, com a sombra. Lição de religiosidade sem ícones.
Lição de alimentação e requinte. Lição de bom gosto e senso de oportunidade. Lição de vida, enfim, a mais completa, diária, silenciosa, educada, sem cobranças, sem veemências, sem exigências.
O gato é uma chance de interiorização e sabedoria posta pelo mistério à disposição do homem."
SUSHY
A minha primeira entrada...
A poesia de E.E. Cummings
Let’s live suddenly without thinking
under honest trees,
a stream
does.the brain of cleverly-crinkling
-water pursues the angry dream
of the shore. By midnight,
a moon
scratches the skin of the organised hills
an edged nothing begins to prune
let’s live like the light that kills
and let’s as silence,
because Whirl’s after all:
(after me)love,and after you.
I occasionally feel vague how
vague idon’t know tenuous Now-
spears and The Then-arrows making do
our mouths something red,something tall
Anúbis
Tuesday, February 26, 2008
"Cão como nós" Manuel Alegre
Monday, February 25, 2008
Pensando em ti Bully
de desejar ter asas,
de desejar que o mundo pare de girar.
Hoje é dia de abrir as janelas da alma
e de ler contos de fadas.
Hoje meu amigo.
É dia de sentir saudades tuas.
O Início das Múltiplas Rimas
By magicways at 2008-02-25
O Gato sonha...
O gato sonha com o vento,
a àrvore, o sol, o pensamento
do humano companheiro,
do gato ninguém é dono
Ele dá-se ao abandono
De quem o amar "Primeiro"
Anúbis
A Perspectiva
Era um vestido negro, esvoaçante, provocante,
todo ele feito de seda pura, tule e organdim.
Veio enredar-se nas minhas unhas de rompante,
e eu fui esconder-me debaixo do coxim...
Anúbis
Amigos
Cats - T.S.Elliot
The Naming of Cats is a difficult matter,
It isn't just one of your holiday games;
You may think at first I'm as mad as a hatter
When I tell you, a cat must have THREE DIFFERENT NAMES.
First of all, there's the name that the family use daily,
Such as Peter, Augustus, Alonzo or James,
Such as Victor or Jonathan, or George or Bill Bailey -
All of them sensible everyday names.
There are fancier names if you think they sound sweeter,
Some for the gentlemen, some for the dames:
Such as Plato, Admetus, Electra, Demeter - But all of them sensible everyday names.
But I tell you, a cat needs a name that's particular,
A name that's peculiar, and more dignified,
Else how can he keep up his tail perpendicular,
Or spread out his whiskers, or cherish his pride?
Of names of this kind, I can give you a quorum,
Such as Munkustrap, Quaxo, or Coricopat,
Such as Bombalurina, or else Jellylorum -
Names that never belong to more than one cat.
But above and beyond there's still one name left over,
And that is the name that you never will guess;
The name that no human research can discover -
But THE CAT HIMSELF KNOWS, and will never confess.
When you notice a cat in profound meditation,
The reason, I tell you, is always the same:
His mind is engaged in a rapt contemplation
Of the thought, of the thought, of the thought of his name:
His ineffable effable
Deep and inscrutable singular
Name. T. S. Elliot, “Old Possum's Book of Practical Cats”
O gato e o sol------Maurice Carême
O sol neles entrou
O gato fechou os olhos,
O sol neles ficou.
É por isso que ao serão,
Quando o gato acorda,
Vejo na escuridão
Dois pedaços de sol.
Frederico
Ode ao gato
imperfeitos,
compridos de rabo, tristes
de cabeça.
Pouco a pouco se foram
compondo,
fazendo-se paisagem,
adquirindo pintas, graça, vôo.
O gato,
só o gato
apareceu completo
e orgulhoso:
nasceu completamente terminado,
anda sozinho e sabe o que quer.
O homem quer ser peixe e pássaro
a serpente quisera ter asas,
o cachorro é um leão desorientado,
o engenheiro quer ser poeta,
a mosca estuda para andorinha,
o poeta trata de imitar a mosca,
mas o gato
quer ser só gato
e todo gato é gato
do bigode ao rabo,
do pressentimento à ratazana viva,
da noite até os seus olhos de ouro.
Não há unidade
como ele,
não tem
a lua nem a flor
tal contextura:
é uma coisa só
como o sol ou o topázio,
e a elástica linha em seu contorno
firme e subtil é como
a linha da proa
de uma nave.
Os seus olhos amarelos
deixaram uma só
ranhura
para jogar as moedas da noite.
Oh pequeno
imperador sem orbe,
conquistador sem pátria
mínimo tigre de salão, nupcial
sultão do céu
das telhas eróticas,
o vento do amor
na intempérie
reclamas
quando passa
e pousas
quatro pés delicados
no solo,
cheirando,
desconfiando
de todo o terrestre,
porque tudo
é imundo
para o imaculado pé do gato.
Oh fera independente
da casa, arrogante
vestígio da noite,
preguiçoso, ginástico
e alheio,
profundissimo gato,
polícia secreta
dos quartos,
insígnia
de um
desaparecido veludo,
certamente não há
enigma
na tua maneira,
talvez não sejas mistério,
todo o mundo sabe de ti e pertence
ao habitante menos misterioso,
talvez todos se acreditem donos,
proprietários, tios
de gatos, companheiros,
colegas,
discípulos ou amigos
do seu gato.
Eu não.
Eu não subscrevo.
Eu não conheço o gato.
Tudo sei, a vida e seu arquipélago,
o mar e a cidade incalculável,
a botânica
o gineceu com seus extravios,
o pôr e o menos da matemática,
os funis vulcânicos do mundo,
a casaca irreal do crocodilo,
a bondade ignorada do bombeiro,
a atavismo azul do sacerdote,
mas não posso decifrar um gato.
Minha razão resvalou na sua indiferença,
os seus olhos tem números de ouro.
Pablo Neruda
(Navegaciones y Regresos, 1959)
Xuxa
Os dois gatos
Sobre uma trapeira um dia:
(Creio que não foi no tempo
da amorosa gritaria).
De um deles todo o conchego
Era dormir no borralho;
O outro em leito de senhora
Tinha mimoso agasalho.
Ao primeiro o dono humilde
Espinhas apenas dava;
Com esquisitos manjares
O segundo se engordava.
Miou, e lambeu-o aquele
Por o ver da sua casta;
Eis que o brutinho orgulhoso
De si com desdém o afasta.
Aguda unha vibrando
Lhe diz: "Gato vil e pobre,
Tens semelhante ousadia
comigo, opulento, e nobre?
Cuidas que sou como tu?
Asneirão, quanto te enganas!
Entendes que me sustento
De espinhas, ou barbatanas?
Logro tudo o que desejo,
Dão-me de comer na mão;
Tu lazeras, e dormimos
Eu na cama, e tu no chão.
Poderás dizer-me a isto
que nunca te conheci;
Mas para ver que não minto
Basta-me olhar para ti."
"Ui! (responde-lhe o gatorro,
Mostrando um ar de estranheza)
És mais que eu? Que distinção
pôs em nós a Natureza?
Tens mais valor? Eis aqui
a ocasião de o provar."
"Nada (acode o cavalheiro)
Eu não costumo brigar."
"Então (torna-lhe enfadado
o nosso vilão ruim)
Se tu não és mais valente,
em que és sup'rior a mim?
Tu não mias?" - "Mio." - "E sentes
gosto em pilhar algum rato?"
"Sim." - "E o comes?" - "Oh! se como!..."
"Logo não passa de um gato.
Abate, pois esse orgulho,
intratável criatura:
Não tens mais nobreza que eu;
O que tens é mais ventura."
Bocage
in BOCAGE poemas, editora Nova Fronteira S/A, 1987
Xuxa
A ti, por quem és.
Que sou a tua melhor amiga.
Confias plenamente, enlouqueces;
Enches o mundo de pura energia.
(...)
Um chinelo é um gigante malvado,
Merece mordidelas e fortes puxões;
Um osso é petisco adorado, dourado
Qual iguaria, alimento de fiéis heróis!
Caminhas a meu lado, tal qual guarda
A defender o seu nobre castelo!
Lanças-te em guerras de pata e baba
Atacas quem chega, abanas cauda e pêlo!
(...)
Sei bem que nunca me vais faltar
Tal como eu sei que não te vou trair!
Somos uma família, um clã, um altar
Que não abala e nunca vai cair!
Fazes asneiras? Claro, é mesmo assim!
Tens a vida dentro de ti a borbulhar!
Eu também as faço, algumas sem fim
E não é por isso que deixo de lutar!
(...)
A ti, por quem és, deixo este aviso:
És tudo para mim, um complemento.
És o refúgui de mil desejos, o sorriso
Sem o qual o mundo é um lamento!
Sandra Manso (para a Emmy, a minha melhor amiga)
Felinos na noite
pelos móveis pelo chão
ronronando felina satisfação
contaminando o ambiente
com carinho pêlos e sofisticação
de raça ou de rua
seres da madrugada
sinistros ou fofinhos
longilíneos ou pequeninos
gatos
Passeando pela casa
madrugando em meu colo.
Li Christiane
Xuxa
Friday, February 22, 2008
O Ronron e as Tartarugas
Era uma vez...
Há muitos, muitos anos, pelo menos na minha perspectiva, vivia com a vóvó e os filhotes dela um gatinho igualzinho a mim, chamado Ronron. As crianças que sempre adoraram animais, tinham para além do Ronron um peixinho chamado Fígaro (peixe com nome de gato, humpfffff), um simpático casal de tartaruguinhas do amazonas, a Rita e o Carlinhos e uma rola a Guida, que todos os dias andava à solta desde que houvesse gente em casa, roubava descaradamente comida dos pratos dos donos mais pequenos desafiava o Ronron enquanto sentia as costas quentes, mas que para seu próprio bem à noite ia dormir para a gaiola, imagine-se lá porquê!
Mas, nestas histórias há sempre um mas, a Rita e o Carlinhos que eram sossegadíssimos enquanto estavam pessoas em casa, quando se apanhavam sózinhos subiam a borda do aquário que de facto não era muito alta, e desapareciam! Isto uma vez um outra vez outro e por vezes os dois. Então lá andava toda a gente a meter o nariz debaixo das camas e móveis até os encontrar aninhadissimos num sítio qualquer. Mas a vóvó achava estas digressões turísticas despropositadas até porque nunca se tinha dado conta que eles fossem muito amigos de viajar.
Bem, um belo dia, ao apanhar do chão a Ritinha a vóvó constactou que na barriguita dela se encontravam umas marcas estranhíssimas! Tão estranhas , tão estranhas que podiam perfeitamente ser o molde da dentadura de um felino (sobretudo das presas), imaginem lá o absurdo!
E a partir daí prometeu de si para si vigiar disfarçadamente o tigre doméstico. Não foi preciso muito tempo para o apanhar a meter a delicada patinha dentro do aquário e tentar fazer rebolar cá para fora os pobres bichinhos. Pois se eles até pareciam assim uma meia bolinha...eram tão engraçados para ele poder brincar! E aquela marca não era uma dentada ostensiva, tinha sido resultado de uma forma de transporte cujo veículo provavelmente tinha falta de amortecedores.
Claro está que o aquário mudou de lugar. O Ronron começou a aprender que aquelas coisas engraçadas não eram bolinhas, eram bichinhos e eram amigos. Que não se fazia mal, etc, etc...
Todos os dias à noite antes das crianças irem dormir a vóvó conversava com elas àcerca da escola, das novidades do dia e brincava um pouco também. O Ronron assistia sempre a esses eventos deitado numa das camas, esperando pacientemente para se poder meter dentro de uma delas. Então numa dessas reuniões a vóvó resolveu ter mais uma atitude pedagógica e de dedo em riste e com a outra mão exibindo uma das tartaruguinhas mesmo perto do focinho do Ronron preparava-se para lhe fazer mais uma das suas prelecções. A vóvó diz que nesse momento sentiu o que a Ritinha pensou: - É agora, meu malandro, vais pagá-las todas, oh! Se vais!. E sem que ninguém esperasse, a nossa amiguinha abriu uma enormérrima boca, que cravou com toda a alma numa das orelhas do Ronron, ficando pendurada, qual “brinquinho”, do apêndice auricular do nosso amigo gato. A estupefacção foi de tal ordem que no primeiro momento penso que toda a gente pestanejou para poder interiorizar o acontecimento. Claro está que imediatamente de seguida a gargalhada foi geral. O nosso amiguinho bem abanava a cabeça na vã tentativa de ser ver livre daquele incómodo, mas a Ritinha estava apostada em dar-lhe uma lição memorável. E foi a vóvó que cuidadosamente abriu as mandíbulas da bichinha, e libertou o Ronron que curiosamente nem sequer bufou, tais deviam ser os problemas de consciência. Foi remédio santo. A partir desse dia o respeitável casal de quelónios passou a ser olhado com o maior respeito pelo felino da casa. Mas quem assistiu a esta cena jamais a esquecerá e ainda hoje é motivo de risada sempre que os manos se juntam. Aqui para nós, estou felicíssimo que não existam essas maravilhas aqui em casa. É que para ser honesto, eu não sei se resistia...
Anúbis
Wednesday, February 20, 2008
Regras de etiqueta para gatos inexperientes--autor desconhecido
2-Determine logo qual é a visita que detesta gatos,e sente no colo dela durante toda a noitada.Ela não terá coragem de empurrá-lo para o chão e pode ser que até venha a dizer«Gatinho bonito».Se você estiver com bafo de comida de gato,melhor ainda.
3-Para sentar no colo ou se esfregar em perna de gente usando calça comprida,escolha,de preferência,cores contrastantes com as suas.
4-Acompanhe sempre as visitas que vão ao banheiro.Não é necessário fazer nada.Basta sentar e ficar olhando.
5-Trate as visitas que digam«Adoro gatos!» com total desprezo,e esteja pronto a unhar suas meias ou,eventualmente,morder seus calcanhares.
6-Não permita portas fechadas em cômodo algum.Para abrir uma porta apoi-se nas patas traseiras e bata nela com toda força que tiver nas dianteiras.Quando a porta for finalmente aberta para você,não é necessário usá-la;você pode mudar de ideia tranquilamente.Quando você ordenar a abertura de uma porta que dê para fora,para exactamente no meio do caminho,entre a porta e o vão,e aproveite para pensar sobre diversas coisas.Isso é particularmente importante em noites muito frias,e em épocas de mosquitos.
7-Se uma pessoa estiver ocupada e outra à toa,fique com a ocupada.Se alguém estiver lendo,chegue bem perto e dê um jeitinho de meter o focinho entre o livro e a cara da pessoa.Desconsidere isso em casos de leitores que abrem livros e jornais em cima da mesa;aí,basta deitar em cima do que estiver sendo lido.
8-Se algum dia encontrar uma senhora tricotando,suba no colo dela e deite.De repente,estique a pata e,como quem não quer nada,dê um bom tranco nas agulhas.Observe os acontecimentos:isso se chama perder o fio à meada,e a senhora tentará atrair sua atenção para outras partes da casa.Ignore-a.
9-Quando encontrar alguém fazendo o dever de casa,sente-se na folha de papel que estiver sendo trabalhada.Depois de ter sido removido de lá pela terceira vez,vá para outro canto da mesa e empurre tudo que se mexa:lápis,cola tesoura e o que mais houver.
10-Durma bem durante o dia para estar novo em folha,e pronto para brincadeiras entre as 2 e 4 da manhã.Se seu humano trabalhar durante a noite,modifique seus hábitos de sono para poder estar com a corda toda entre as 10h e o meio-dia.
César
---Pensando bem,eu até sigo muitas destas regras,Sou tão bem educado!!Lol.
(Isto foi tirado de um site brasileiro e optei por não «traduzir»
O Gato-Nuno Júdice
à janela para que,da rua, o vejam.
O sol bate nos vidros e
aquece o gato que,imóvel,
parece um objecto.
Fica assim para que o
invejem-indiferente
mesmo que o chamem.
Por não sei que previlégio,
os gatos conhecem a
eternidade.
César
Monday, February 18, 2008
How many dogs does it take to change a light bulb?
Já vos tinha anteriormente falado de um grande amigo Sir Wilmott, na foto, que infelizmente já partiu e deixou inconsoláveis os seus donos e o amigo de folguedos "Bond" e me deixou a mim fiel depositário de 2 histórias, se assim lhes podemos chamar. Uma delas, "Dog's Plea", já tive o prazer de partilhar convosco no Club das "Múltiplas Rimas" . A que se segue tem um fino humor Inglês, país de origem de Sir Wilmott. E como o meu senso de humor é também apurado, aí vai a dita "história", para gáudio dos nossos amigos gatinhos. Espero que gostem.
How many dogs does it take to change a light bulb?
DEPENDS ON THE DOG:
Golden Retriever - The sun is shining, the day is young, we've got our whole lives ahead of us and you're inside worrying about that stupid burned out bulb.
Border Collie - Just one. And then I'll replace any wiring that's not up to code and repaint the wall where you scuffed it in the dark, before moving on to the plumbing.
Dachshund - You know I can't reach that lamp!
Boxer - Who cares? I can play with my squeaky toy in the dark.
Labrador - Oh, me, me!!!!!! Pleeeeeeeeeeze let me change the light bulb! Can I? Can I? Huh? Huh? Huh? Can I? Pleeeeeeze, please, please, please pick me!
German Shepherd - I'll change it as soon as I've led everyone from the dark room, made sure no one was hurt, checked to make sure I haven't missed any, and made one more perimeter patrol to see that no one has tried to take advantage of the dark situation.
Jack Russell - I'll just pop it in while I'm bouncing off the walls and furniture.
Old English Sheep Dog - Light bulb? I don't see a light bulb, I don't see a lamp. Where am I? Where are you?
Cocker Spaniel - Why change it? If I pee on the carpet in the dark, I won't get caught till you step in it.
Chihuahua - Yo quiero Taco Bulb.
Pointer - I see it, there it is, there it is ..... right there......
Greyhound - It isn't moving..... Who cares?
Australian Shepherd - First, let me put all the light bulbs in a little circle.
Poodle - I'll just blow in the Border Collie's ear and he'll do it. By the time he finishes rewiring the house, my nails will be dry.
THE PARROT - Shhhh! Now that it's dark, it’s my nap time.
THE
...........
I hope you have fun....