Wednesday, April 30, 2008

Inquietação em forma de carta

Boa noite queridos amigos e companheiros de tertúlia.
Que é feito? Tenho reparado, ao longo destes últimos dias que se têm mantido muito afastados deste nosso convívio, que aconteceu?
Todos temos tido mais trabalho, talvez também menos paciência, mas este quase total afastamento deixou-me deveras intrigada....
A partir da próxima semana a nossa dona vai voltar à actividade em pleno, mas, pelo menos a intenção é de ir acompanhando os amigos e estar com eles um bocadinho sempre que possível.
Para todos vocês o nosso muito obrigado pelos momentos de convívio, umas vezes mais alegre que outras, mas sempre precioso.
Bjinhos da Luna e do Belchior

Sunday, April 20, 2008

Uma receita muito especial

"Quando Deus criou os gatinhos, não tinha uma receita; sabia que queria alguma coisa doce, tão doce quanto o doce pode ser.
Começou pelo açúcar, juntou apenas uma pitada de condimento. Depois adicionou umas gotas do orvalho da manhã, para os manter frescos e belos... Transformou-os em acrobatas, e deu-lhes graça e equilíbrio; olhos grandes e curiosos, que retirou aos rapazinhos, colocou-lhes bigodes nos focinhos, deu-lhes orelhas finas por bonés.
Depois moldou-lhes os pequenos corpos, para se enrolarem a seus pés". Luna

Friday, April 18, 2008

Tristeza.... e "Nevoeiro"

Tenho estado triste! Tão triste, que nem tenho tido ânimo para vos vir contar mais uma história.... mas veio-me ao olhar um poema que quero compartilhar convosco e que diz muito do porquê da minha trsiteza...
"Nem rei nem lei, nem paz nem guerra,
Define com perfil e ser
Este fulgor baço da terra
Que é Portugal a entristecer-
Brilho sem luz e sem arder,
Como o que o fogo-fátuo encerra.

Ninguém sabe que coisa quer.
Ninguém conhece que alma tem,
Nem o que é mal, nem o que é bem.
(Que ânsia distante perto chora?)
Tudo é incerto e derradeiro.
Tudo é disperso, nada é inteiro.
Ó Portugal, hoje és nevoeiro...
É a Hora!" Fernando Pessoa, Mensagem
Prometo que em breve aqui estarei para vos contar mais algumas das pequenas aventuras que fazem parte do património da minha querida, e bem peluda, família. Luna

Wednesday, April 16, 2008

Porquê?...


Quanto será preciso percorrer
Para que me dês a tua atenção?

Estou aqui...Mas queres saber?
Um olhar basta, aquece-me o coração.


Não tenho dinheiro, não tenho saber
Mas sei que ías gostar de mim.

Pois o que eu tenho para te oferecer

É do mais puro e valioso, isso sim.


Tenho amizade, tenho amor eterno

Tenho um coração a rebentar!

Porque não queres o que te ofereço

Se é com gosto que to estou a dar?


Vá lá, deixa-te de egoísmos banais.

Sou um amigo em quem podes confiar!

Estás triste, tens emoções a mais?

Estou contigo, a mim podes-me contar!


Só não sei porque me abandonaste,

Porque me trataste com tanto desdém?

Porquê? As portas, agora, me fechaste?

Porquê? Eu sempre te tratei bem!


Porquê????

Thursday, April 10, 2008

Amor de mãe

Por acaso também não concordo nada com a afirmação da perda de laços familiares entre os animais caseiros. Uma vez assisti a uma cena ternurenta que vos conto:
A minha mãe vive num prédio alto, onde cresci. Para trás tem um páteo e um pequeno jardim ladeado por um muro com cerca de 20 metros de altura, que separa o nosso de outro edifício mais alto. Estava eu a ver tv quando oiço um miar aflito. Vou à janela e deparo-me com a seguinte cena: um gatinho jovem, que não devia ter mais do que um mês, decidiu aventurar-se muro acima mas, quando se apercebeu da altura, ficou tão aflito que...nem para a frente, nem para trás! Miava baixinho, medroso. Próximo dele estava a sua mãe, aflitíssima por não o conseguir atingir e puxar para terra firme. Miava aflita, segura do perigo que o filhote corria.
Lá vou eu escada abaixo, escada acima, desce muro, trepa outro, até chegar ao pobre bichano que tremia que nem varas verdes. O meu medo era que ele se assustasse e caísse mesmo! Estratégia: um pouquinho de fiambrinho que levei! Chamei-o de mansinho, ele foi chegando ao fiambre e lá o consegui apanhar!
Mas o melhor foi ver a alegria da gata: lambeu-o tanto que parecia que o pobre ía ficar encharcado! E agradeceu-me com o olhar e com um miar mais calmo, enroscando-se às pernas e deixando fazer festas! Lá veio o resto da ninhada e por ali ficaram, certos de que o gatito não iria repetir nova façanha.
Nunca me irei esquecer, até porque alguns vizinhos observavam a cena da janela...lololol!

Sunday, April 6, 2008

História de quatro meninos e uma galinha

Amiguinhos. "Prometido, é devido", por isso aqui vai mais uma história! Estou muito bem instalada, com o amigo Pipi sentado ao meu lado e já posso começar.
Como já vos contei, a nossa velha amiga Preta, teve uma linda ninhada de quatro gatinhos, duas meninas, a Timmy e a Clio e dois meninos,o Goldie e o Júnior, siameses, de lindos olhos azuis e pelagem beije, patinhas , orelhinhas e rabito castanho chocolate, lindos de morrer. O pai era um gatão siamês, que a nossa dona crismou de Garfield, porque tinha uma característica muito engraçada: na casa ao lado, exitia,como é muito costume nestas aldeolas, um pequeno cãozito, que nós nunca vimos, mas sentíamos, porque ladrava muito e coitadito, sempre se lastimava de estar preso numa corrente no pátio da casa, mas sempre que a dona lá lhe deixava comida, aparecia o nosso amigo Garfield, gatão, velho morador da zona, gingão como ele só, a descer o telhado, espreitava bem, olhava com atenção .... e.... zumba! caía em cima do cãozito, que primeiro protestava, depois, gania... e ... nós já sabíamos o que ia acontecer... comia-lhe a comida! Era o máximo!
A Preta começou a criar os seus meninos entre o terreno ao lado da nossa antiga casa e o nosso terraço. Desta forma todos pudemos assitir à educação e treino intensivo que as mamãs gatas dão aos seus pequeninos. Era fantástico vê-los correr, em conjunto, e trepar às árvores, ou saltar nas quatro patitas para agarrar qualquer coisa que a mãe lhes indicava. Era verdadeiramente um trabalho de equipa, que os humanos bem deviam saber apreciar, estimar, e, por que não imitar! Foi neste clima de aprendizagem que um dia, conta a nossa dona, a Preta ao transportar, como todas as mamãs gatas fazem, os seus filhotes, um por um, na boca, para os mudar de local, deixou cair o Júnior ao chão, de uma altura razoável, e o Júnior ficou para sempre com um pequeno defeito numa das patitas traseiras. Pois desde esse dia, a Preta nunca mais deixou de cuidar dele, até ao dia em que partiu. Pensa a nossa dona, que já mais de uma vez comentou esse assunto connosco, que o sentido de responsabilidade dela para com o filhote foi tão forte, que ela sempre o previlegiou a partir desse acontecimento. E ainda dizem, que os laços de maternidade entre os felinos, se desfazem..... O que "eles" inventam!
Estou a perder-me no relato. Retomando. Foi neste clima de aprendizagem que um dia, a dona começou a ouvir um cácácá, cácárácá, cácácá, muito pouco usual e muito, muito aflito. Curiosa, ela foi espreitar para o terreno ao lado, para ver se percebia o que se passava e deparou-se com uma cena fantástica! Espantosa! Em cima de um pequeno arbusto, a menos de um metro do chão, cacarejava aflita, uma galinha! E porquê cacarejava ela tão aflita???? Porque estava literalmente sitiada, cercada pelos nossos pequenos felinos, que se preparavam para mais qualquer coisa! Então... tinham-na embuscado, encurralado e.... se não fosse a dona, havia galinha do vizinho para o jantar!!!!
O trabalho de equipa, quando é bem feito, resulta, ou não????
Foi uma cena inesquecível e a dona sempre gosta de relembrá-la. De vez em quando, lá está ela a contar-nos estas aventuras, e agora que o Belchior não sabe de nada... Lá estou eu a ouvir a repetição, mas gosto sempre muito!
Se não fôr muita maçada, para a próxima, conto-vos a história da serpente e de como a nossa dona travou conhecimento com ela!
Bjinhos, e uma boa noite.... Luna